quarta-feira, 24 de agosto de 2011
domingo, 10 de julho de 2011
ENCONTROS no TEMPO
Hoje, encontrei um velho camarada da guerra, mais desgastado pelo tempo, mas ainda com força para enfrentar novas guerras de um cariz diferente, mas tão ou mais importante da que travámos em 71/73 em Angola. Um abraço Rato.......em Lagos!
O cenário mais idílico, mas nem por isso deixámos de recordar "dores" latentes nas nossas memórias, o desfilar de recordações que nos alimentam ainda os corações! Uma transmissão de ideias sem rádio, mas com emoções.....
sábado, 9 de julho de 2011
ENTRE AS BRUMAS DA MEMÓRIA
São exactamente memórias que se vão desvanecendo com o tempo, e algures num desses compartimentos da memória, recordo-me deste episódio. Estávamos já de "malas" feitas para Luanda, quando esta ocorrência de guerra se desenrolou e nos deixou em todos um arrepio na espinha. Tão perto da partida e tão perto da chegada, os nossos receios multiplicaram-se rapidamente e já o medo nos cerceava os movimentos. Será que chegaremos a bom porto, ou vamos adornar....a questão era pertinente, um esgar de medo assolava-nos, não impedindo no entanto o desenrolar do nosso dia a dia...faltavam precisamente dois meses para rumarmos em direcção ao "puto"..24 de Outubro de 1973!
Aqui fica em pormenor, a descrição efectuada no Jornal do Congo do referido ataque, designado como "Wiria Songo-A Região Mártir-17 Mortos uma dezena de feridos."-24 de Agosto de 1973!
sexta-feira, 10 de junho de 2011
DIA DE PORTUGAL
O 10 de Junho começou a ser particularmente exaltado com o Estado Novo, o regime instituído em Portugal em 1933 sob a direcção de António de Oliveira Salazar. Foi a partir desta época que o dia de Camões passou a ser festejado a nível nacional. A generalização dessas comemorações deveu-se bastante à cobertura dos meios de comunicação social.
Durante o Estado Novo, o 10 de Junho continuou sendo o Dia de Camões. O regime apropriou-se de determinados heróis da república, não no sentido laico que os republicanos pretendiam, mas num sentido nacionalista e de comemoração colectiva histórica e propagandística.
Até ao 25 de Abril de 1974, o 10 de Junho era conhecido como o Dia de Camões, de Portugal e da Raça, este último epíteto criado por Salazar na inauguração do Estádio Nacional do Jamor em 1944. A partir de 1963, o 10 de Junho tornou-se numa homenagem às Forças Armadas Portuguesas, numa exaltação da guerra e do poder colonial. Com uma filosofia diferente, a Terceira República converteu-o no Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas em 1978.
terça-feira, 17 de maio de 2011
domingo, 10 de abril de 2011
27 MESES
Tempo de permanência em Angola, mais precisamente na vila do Songo, integrados na C.Caçadores 3411(Onzima).
O imprevisto esteve sempre presente nesta odisseia, jovens imaturos e sem consciências formadas, fomos lançados para a "fogueira"....
O tempo nunca apagará das nossas memórias o bom e o mau que por lá passámos... uma das virtudes que tivemos, foi enfrentar de peito aberto essa realidade, para tal fomos nobres e leais à nossa Pátria, imbuídos do espírito de coragem em defesa de uma nação...não fugimos!
terça-feira, 22 de março de 2011
LOUVORES
Alguns eram entregues aos que tiveram acções de abnegação e coragem no confronto com o IN.
Outros, a todos aqueles que conseguiram sobreviver ao período definido para cumprimento da sua missão. A sua entrega ocorria normalmente numa cerimónia militar em Luanda.
Fica aqui exposto um desses Louvores, pertença do 1º Cabo atirador -01641271
Ilidio Fernandes Aguiar-C.Caç.3411/B.Caç.12
Ilidio Fernandes Aguiar-C.Caç.3411/B.Caç.12
"Como prova de que prestou serviço em terras de Angola(Songo), nos anos de 1971/73, contribuindo com o seu esforço para o bom cumprimento das missões que foram atribuídas à sua unidade, na defesa da Pátria"
sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011
50 ANOS
No dia 4 de Fevereiro, a chama da independência chegou a Luanda, através de várias acções contra o colonialismo português levados a cabo por nacionalistas angolanos. Diversos grupos tentaram atacar diversas cadeias, onde se encontravam presos nacionalistas angolanos - a cadeia da PIDE no bairro de S. Paulo, a cadeia da 7ª esquadra da PSP, a Casa de Reclusão Militar -, bem como procuraram ocupar a «Emissora Oficial de Angola», a Companhia Indígena e a Estação dos Correios. Nos confrontos, morreram quarenta assaltantes, seis polícias e um cabo do exército abatido junto da Casa da Reclusão.
A rebelião com cerca de 220 homens, armados de armas tradicionais, foi dirigida por Neves Mendinha, e coadjuvada Paiva Domingos da Silva, Domingos Manuel Mateus e Imperial Santana, e sido inspirada e instruída pelo cónego português Manuel Mendes das Neves. Este viria a ser preso e deportado para Portugal, ficando em regime de residência fixa no convento de Soutelo, em Braga, e designado como presidente honorário pela FNLA.
domingo, 23 de janeiro de 2011
CARTA CONDUÇÃO - MILITAR E CIVIL
Carmona, cidade capital do distrito de Huige, era nos anos de 71/73 o centro nevrálgico de todo o comércio.
Nela se situava a única Escola de Condução, habilitada a passar o respectivo título (aos merecedores).
Numa breve paragem na guerra em 1972, eu e o Morgado, resolvemos ir de abalada do Songo para Carmona por um período de duas semanas e abancar numa pensão no Bairro Montanha Pinto com a finalidade de obter o tal título, que nos dava o privilégio de poder conduzir os Maseratis da "altura"...
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
BATALHÃO CAÇADORES 12 (BC12)
Estava localizado em Carmona, tendo como objectivo principal "suportar" todas as necessidades inerentes á operacionalidade das Companhias Militares que se encontravam no seu raio de acção.
No período compreendido entre os anos de 71/73, em que a C. Caçadores 3411 esteve aquartelada na vila do Songo, tive que efectuar algumas deslocações ao BC12. As suas instalações eram imponentes pela sua grandiosidade. Era um ponto de referência na entrada em Carmona, e que se vislumbrava a alguns Kms de distância. O seu depósito de água, de consideráveis dimensões destacava-se na imensidão daquelas paragens.
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
MINAS E ARMADILHAS
A primeira mina anti-pessoal(A/P) utilizada pelos Movimentos de libertação,contra as n/forças militares, foi colocada na estrada Zala-Vila Pimpa, no norte de Angola em 06 de Junho de 1962.
Passados poucos dias, mais precisamente em 12 de Junho de 1962, deflagrou a primeira mina anti-carro(A/C), na pista da povoação do Bembe.
Posteriormente tornou-se vulgar a sua colocação contra as n/tropas, fruto dessa utilização em "massa", ficámos com um espólio de feridos e mortos incalculáveis.
As cicatrizes daqueles que sobreviveram a este flagelo, ainda hoje permanecem latentes.
Este veículo foi concebido por um militar português para ser usado como rebenta minas.
Minas essas, que eram um flagelo na guerra colonial . Tinham um grupo de 6 rodas muito pesadas que na frente do veículo iam pisando o terreno e fazendo explodir as minas enterradas no trilho. Salvaram muitas vidas, mas foi sol de pouca dura, já que as industrias de armamento depressa criaram minas com um sistema de trinco, que podiam ser programadas para explodirem à passagem do 2.º 3.º 4.º ou mais rodados que as pisassem.
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
terça-feira, 5 de outubro de 2010
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