quinta-feira, 1 de novembro de 2012

VIATURAS de TRANSPORTE(4)

JEEP WILLYS

 Estados Unidos da América
Tripulação: 2+1
Comprimento máximo: 3.33M - Largura: 1.57M - Altura: 1.77M
Peso vazio: 1247Kg. - Capacidade de carga 0Kg.
Motor/potência/capacidades
Sistema de tracção:Quatro rodas motrizes
Motor: 442 Go-Devil 2.2L Potência: 60 cv
Velocidade máxima: : 89 Km/h - Velocidade em terreno irregular: 35 Km/h
Tanque de combustível: 57 Litros    Autonomia máxima: 600Km
Em Portugal, os primeiros Willis MB foram recebidos no Exército Português em 1944, e foram inicialmente atribuidos a unidades de Cavalaria, entre as quais a Escola Prática de Cavalaria em Torres Novas, o Regimento de Cavalaria nº 3 em Estremoz e o Regimento de Cavalaria nº 4 em Santarém, onde foram empregues em missões de reconhecimento e de combate devido às suas capacidades de tracção às quatro rodas.

Nesta época o Regimento de Cavalaria da Guarda Nacional Republicana também recebeu algumas destas viaturas para o desempenho do mesmo género de missões.

No inicio dos anos cinquenta, com a adesão de Portugal à O.T.A.N., foram recebidas mais Viaturas de Transportes Gerais Willis MB 1/4 ton. 4x4 m/1944 provenientes dos E.U.A. E do Canadá, em quantidades que permitiram que se equipassem muitas outras unidades do Exército, das diversas armas e serviços.

Durante os anos cinquenta e ainda durante a primeira metade dos anos sessenta este tipo de viatura foi a principal viatura ligeira táctica do Exército Português.
Ainda nos anos cinquenta muitas destas viaturas foram enviadas para diversas Colónias Portuguesas, tais como a India.

Com o inicio da Guerra Colonial em Angola, muitas destas viaturas foram enviadas para aquela província, onde durante anos prestaram serviço. Outras seguiram para a Guiné e para Moçambique onde foram intensamente utilizadas. Algumas ainda se conservaram em serviço até ao iniçio dos anos setenta em unidades do Exército em Portugal, bem como em unidades nas colónias, sendo gradualmente substituídas por viaturas como as UMM/Cournil e também pelo M-151 «MUTT».

Este é por definição o modelo de «Jeep» original. Ele é um dos três projectos que foram apresentados ao exército dos Estados Unidos em 1940 e foi de responsabilidade da empresa Willys-Overland.

Com a aprovação do seu projecto, a Willys fabricou a maior parte dos Jeeps produzidos durante a guerra, mas a Ford, que também tinha concorrido com o seu próprio projecto também produziu o veículo da Willys sob licença, uma vez que a Willys não tinha capacidade instalada sucidiente para responder às encomendas colocadas pelos vários ramos das forças armadas norte-americanas.

Durante os anos da guerra a produção de cada uma das empresas foi a seguinte:

Willys: 362.841
Ford: 281.448
No total, foram produzidos entre 1941 e 1945 um total de 647.870 veículos.
Após a guerra a Willys produziu mais 346.000 unidades até substituir o M-38 pelo M-38A1

Informação genérica:
A designação genérica de JEEP, resultou das iniciais G.P. de «General Purpose», um veículo para utilizações gerais e que podia ser utilizado para uma grande variedade de tarefas As iniciais «Gee + pee» acabaram por se juntar numa palavra que se tornou sinónimo de veículo todo o terreno.

No entanto, embora o termo Jeep seja utilizado de forma genérica, apenas alguns veículos podem de facto ser apresentados ou como Jeeps ou como seus descendentes directos.

O Jeep foi o resultado de um pedido das forças armadas norte-americanas, datado de 7 de Julho de 1940 ao qual respondeu a Willys-Overland, a Ford e a empresa American Bantam.

Entre os requesitos exigidos estava a grande simplicidade mecânica e a possibilidade de se instalar uma metralhadora pesada de calibre 12.7mm.

A Willys ganhou a corrida e a maior parte dos Jeeps acabou por ser fabricada por essa empresa. Mas a Ford fabricou cerca de 4800 do seu próprio modelo e mais de 280.000 modelos da Willys sob licença.
O outro fabricante a Bantam, recebeu encomendas que totalizaram 2.675 unidades, que também podem de facto chamar-se Jeeps.

Em 1960 aparece o substituto do JEEP com o MUTT, que é extremamente parecido, embora com modificações destinadas a garantir uma melhor estabilidade, entre as quais um centro de gravidade mais baixo.

A Willys lançou entretanto uma série de veículos conhecidos como CJ (civilian Jeep) conhecida como C-5 e que se distingue pela tampa do motor arredondada. Este modelo entrou ao serviço em forças armadas de vários países.

A versão original M-38 do jipe Willys foi copiada em vários países que adoptaram o conceito






quinta-feira, 18 de outubro de 2012

VIATURAS de TRANSPORTE(3)

BERLIET

Fabricante: Berliet - França
Tripulação: 1
Comprimento máximo: 7.28M - Largura: 2.4M - Altura: 2.7M
Peso vazio: 8000Kg. - Capacidade de carga 5000Kg.
Motor/potência/capacidades
Sistema de tracção:Seis rodas motrizes
Motor: Magik MK520 multifuel 5 cil 7900cc Potência: 125 cv
Velocidade máxima: : 80 Km/h - Velocidade em terreno irregular: 35 Km/h
Tanque de combustível: 95 Litros   Autonomia máxima: 563KmGBC-8KT (Tramagal)
Viatura táctica média/pesada (Berliet)


Fabricante: Berliet - França
Tripulação: 1
Comprimento máximo: 7.28M - Largura: 2.4M - Altura
País: Portugal
Designação Local:Berliet   
Qtd: Máx:3000 - Qtd. em serviço:0
Situação: Abatido
  
O GBC, conhecido normalmente como viatura Berliet, foi utilizado por Portugal nas guerras em África e foi fabricado pela MDF, Metalúrgica Duarte Ferreira em Abrantes.

A viatura foi escolhida pelas suas qualidades como veículo fora de estrada com capacidade para utilizar tracção integral, o que era visto como necessário nas estradas de terra dos cenários de guerra em África.

A Berliet veio substituir uma panóplia de obsoletos veículos que estavam ao serviço nas antigas colónias, muitos deles simples versões civis de camiões de transporte de mercadorias com tracção traseira dos tipos Mercedes, e Volvo, embora também tenha substituído alguns camiões militares de fabrico norte americano contemporâneos da segunda guerra mundial.

Houve várias sub-versões, com características ligeiramente alteradas. O objectivo no caso português sempre foi o de produzir a maior quantidade de veículos possível pelo menor custo, pelo que os Berliet GBC eram fornecidos muitas vezes apenas com cabina e chassis, ao qual era acrescentado um estrado com bancos para o transporte de tropas ou sem nada, para o transporte de mercadorias.

O veículo viu muitas vezes acção nos teatros de guerra à medida que as tropas portuguesas começavam a utiliza-lo. A sua altura dava alguma vantagem aos seus ocupantes por causa da altura, mas essa vantagem era mínima em regiões de erva alta.
Alguns veículos foram adaptados com o objectivo de rebentar minas anti-pessoal nas estradas, segundo um destes na frente das colunas. Os veículos eram ligeiramente reforçados, eram equipados com sacos de areia e era-lhes retirada a tampa do motor, que normalmente saltava no caso de o veículo pressionar uma mina.

A remoção da tampa do motor no entanto, não tinha exclusivamente a ver com isto. Uma das criticas feitas ao veículo era a de alguma falta de potência, o que levava a que fosse utilizado em regimes de rotação muito altos. Essa utilização levava a casos muito comuns de sobreaquecimento do motor, o que não era raro em muitos outros veículos.
A MDF, já no inicio dos anos 70, fez algumas alterações ao desenho do veículo, respondendo a este e outros requesitos. Os “novos” veículos Berliet-Tramagal GBC são identificáveis por terem um compartimento do motor mais simples de produzir (quase uma caixa rectangular), adicionando também uma grelha frontal mais arejada, e orifícios laterais destinados a aumentar a refrigeração do motor.


O fim da guerra, reduziu drasticamente as necessidades do exército português em termos de viaturas tácticas pesadas, além de que a compra da Berliet pela Renault tinha ditado na prática o fim do modelo GBC, antevendo-se também o fim do modelo em Portugal.

No inicio dos anos 80, a empresa MDF ainda tentou substituir o GBC na sua linha de montagem, por um modelo mais moderno e derivado de um modelo Renault.
No entanto, o exército optou por não adquirir a viatura e de qualquer forma, com a redução de gastos militares decorrente do fim da guerra, as unidades a adquirir pelo exército português não seriam suficientes para garantir o futuro da fábrica.

O exército, conhecedor desta realidade, temeu ficar sem assistência por parte do fornecedor, o que também teve influência na decisão final.
O modelo Berliet Gazelle / GBC foi projectado em meados dos anos 50 para substituir muitos dos transportes pesados de origem americana que estavam ao serviço no exército francês e para as necessidades francesas decorrentes do conflito na Argélia.

Os técnicos franceses tentaram produzir um veículo relativamente simples de produzir e que pudesse ser utilizado para várias funções, desde transporte de tropas até camião cisterna ou veículo de recuperação.

Com capacidade para transportar até 4 toneladas ou para servir de tractor de reboque para até 6 toneladas, com tracção às rodas traseiras ou integral, um motor relativamente potente para 1961, e um consumo relativamente moderado de combustível, o Berliet GBC rapidamente se tornou o mais importante veículo de transporte do exército francês, tendo igualmente sido exportado para vários países e fabricado sob licença em Portugal.

Começou a ser retirado de serviço no exército francês no final dos anos 70, mas continuou ao serviço em várias forças armadas do mundo. Muitas das unidades que saíram de serviço, encontraram uma nova vida como veículos utilitários ou de combate a incêndios.










quarta-feira, 17 de outubro de 2012

VIATURAS de TRANSPORTE(2)

UNIMOG 404


Viatura táctica Ligeira (Daimler-Benz)
Fabricante: Daimler-Benz - Alemanha
Tripulação: 1
Comprimento máximo: 5.1M - Largura: 2.15M - Altura: 2.3M
Peso vazio: 2900Kg. - Capacidade de carga 1500Kg.
Motor/potência/capacidades
Sistema de tracção:Quatro rodas motrizes
Motor: SOHC 6cyl 2200cc Potência: 80 cv
Velocidade máxima: : 60 Km/h - Velocidade em terreno irregular: 25 Km/h
Tanque de combustível: 120 Litros   Autonomia máxima: 150Km
Combustível : Gasolina


País: Portugal
Designação Local:UNIMOG 404   
Qtd: Máx:0 - Qtd. em serviço:0
Situação: Abatido  

Em serviço em várias frentes durante a guerra em África, o UNIMOG 404 substituiu alguns veículos muito mais antigos e ainda do tempo da II Guerra Mundial.

Tão desconfortável como o mais pequeno modelo 411, ele era no entanto extremamente gastador e o seu consumo de combustível era considerado em condições de exigência, absolutamente exagerado. Consumos de 90 a 120 litros a cada 100Km chegaram a ser registados em algumas situações.

Lançado por volta de 1955 o UNIMOG 404, era uma versão maior do mais pequeno e sub motorizado 401/411.

O 404 era bastante mais ágil, e podia ser utilizado para uma profusão de outras funções, sendo mesmo muito mais adequado para utilização militar que o seu irmão mais pequeno.

Um dos principais problemas apontados ao 404 era o elevadíssimo consumo do seu motor de seis cilindros que nas difíceis condições de utilização em África (Portugal utilizou o veiculo em operações militares). Em estrada regular, o consumo era aceitável, mas em condições de todo o terreno, o consumo aumentava muito.

O UNIMOG 404, tem varias versões que são em grande medida idênticas. Entre essas contam-se as versões UNIMOG 406: Versão mais comprida que a 404
UNIMOG 416: Versão mais comprida que a 406 e capacidade para transportar 2500Kg.
UNIMOG 403/ 421, versão curta e com um motor menos potente (e menos gastador) de 4 cilindros

A produção do UNIMOG 404 e das suas versões só terminou em 1980. O UNIMOG 406, resistiu até 1988 (tendo a sua designação sido alterada em 1976 para U1100.
Informação genérica:
O conceito do UNIMOG, começou a tomar forma na Alemanha ainda antes do fim da II guerra mundial. Ele não era no entanto um veículo militar, mas sim uma espécie de tractor rural, a que seriam acoplados equipamentos agrícolas.










terça-feira, 16 de outubro de 2012

VIATURAS de TRANSPORTE(1)

UNIMOG  411


Viatura táctica Ligeira (Daimler-Benz)


Fabricante: Daimler-Benz - Alemanha
Tripulação: 1
Comprimento máximo: 3.57M - Largura: 1.63M - Altura: 2.1M
Peso vazio: 1750Kg. - Capacidade de carga 1400Kg.
Motor/potência/capacidades
Sistema de tracção:Quatro rodas motrizes
Motor: OM636/VI-U 4cyl 1767cc Potência: 34 cv
Velocidade máxima: : 53 Km/h - Velocidade em terreno irregular: 20 Km/h
Tanque de combustível: 70 Litros   Autonomia máxima: 600Km
Combustível : Gasóleo

Resultado de uma modernização de um conceito dos anos 40. desenvolvido ainta antes da guerra, o modelo 401/411 é um dos mais conhecidos da gama de veículos Unimog.

Pensado para a função de veículo rural que poderia servir ao mesmo tempo de tractor agricola e de veículo de transporte e de carga, o Unimog acabou por derivar num tipo de veículo adaptado para utilização militar.

O pequeno Unimog, foi utilizado operacionalmente em teatros de guerra, em África pelo exército português. A sua grande vantagem era a sua capacidade como veículo todo o terreno. Os seus enormes pneus e a sua suspensão aumentavam-lhe a altura, tornando o UNIMOG num veículo algo instável quando em planos inclinados (que continua a ser uma característica mesmo nos actuais veículos UNIMOG).
Mas ao mesmo tempo reduziam a pressão sobre o solo, e elevavam os soldados acima da linha de capim, muito comum especialmente em Angola, onde foram utilizados operacionalmente por Portugal e permitiam uma maior protecção passiva contra minas.
Informação genérica:
O conceito do UNIMOG, começou a tomar forma na Alemanha ainda antes do fim da II guerra mundial. Ele não era no entanto um veículo militar, mas sim uma espécie de tractor rural, a que seriam acoplados equipamentos agrícolas.

Por isso, ele estava equipado com um motor muito pouco potente, capaz de desenvolver apenas inicialmente apenas 25 cv.

Eles tinham um motor a Diesel que embora resistente vivia em grande medida da desmultiplicação da caixa de velocidades, fazendo com que o veículo se conduzisse muito tempo em 1ª e 2ª, onde se obtinham as melhores prestações. Isto implicava um consumo elevado, e ao mesmo tempo permitia sempre identificar a presença de um UNIMOG pelo seu ruído característico de motor.

Os modelos seguintes do UNIMOG tentaram resolver o problema, com a inclusão de motores mais potentes e carroçarias maiores, mas o veículo sofria de problemas de consumo.

A linha UNIMOG continuou no entanto a desenvolver-se, tendo continuado a considerar a grande mobilidade como factor essencial.

Os novos modelos, que apareceram nos anos 70 destinaram-se a preparar a substituição dos modelos mais antigos. O novo 424 foi na prática o substituto do pequeno 401/411que tinha deixado de ser fabricado e o modelo 435 (U1300) veio substituir a família 404, embora os modelos 404/406 continuassem a ser produzidos.

Os veículos da linha UNIMOG continuam presentemente em produção.

Além dos veículos de transporte, a plataforma do UNIMOG também serviu para utilização em veículos de combate como por exemplo o Condor UR-425.

Mais recentemente foram igualmente adaptados para veículos adequados para patrulha e com alguma capacidade para resistir a minas como o Dingo-I e Dingo-II.









sábado, 13 de outubro de 2012

ESPÓLIO FOTOGRÁFICO (16)

António Albano Costa Leite
Furriel Miliciano Atirador
16721170

                              

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

ESPÓLIO FOTOGRÁFICO (15)

Albano Cardoso Tavares Laranjeira
Furriel Miliciano Mecânico Auto
 18581270
                              

ESPÓLIO FOTOGRÁFICO (14)

Lino António Martins Rei
Alferes Miliciano Atirador
16524069
                                

OUTRORA

01 de Março de 2008 A construção do blogue da Onzima, teve como intenção dar a conhecer a nossa vivência por terras de Angola. Dei a conh...