Acabariam guardados em baús, gavetas ou malas, retendo sufocados, para a eternidade, memórias da verdadeira, da autêntica história vivida por toda uma população que sofreu na alma e na carne as dores intermináveis da guerra. Muitos deles escondiam por detrás das metáforas ou frases subentendidas coisas que se receava viessem a ser alvo da censura pidesca.
quarta-feira, 10 de outubro de 2018
OS BATE ESTRADAS (AEROGRAMAS)
Foi, incontestavelmente, durante o longo período de duração da Guerra Colonial, o meio de comunicação que mais encheu as Estações de Correios, os porões dos aviões, os altos e espelhados edifícios do SPM (Serviço Postal Militar), as malas de cabedal e os braços dos carteiros, espalhando-se por cidades e pelas aldeias mais recônditas. O Aerograma foi escrito e lido à mesa do rico e do pobre. Passou por cadeias e hospitais. Aos civis era distribuído na cor azul e aos militares na cor amarela. O seu custo avulso era de $30 (três tostões). Correu mundo este papel fino e desdobrável portador de notícias, sentimentos, alegrias e tristezas. Para além das letras, muitas vezes esborratadas pelos salpicos inevitáveis das lágrimas descuidadas, neles eram inscritos e desenhados lindos poemas e figuras, as quais expressavam os mais diferentes estados de alma.
Acabariam guardados em baús, gavetas ou malas, retendo sufocados, para a eternidade, memórias da verdadeira, da autêntica história vivida por toda uma população que sofreu na alma e na carne as dores intermináveis da guerra. Muitos deles escondiam por detrás das metáforas ou frases subentendidas coisas que se receava viessem a ser alvo da censura pidesca.
Acabariam guardados em baús, gavetas ou malas, retendo sufocados, para a eternidade, memórias da verdadeira, da autêntica história vivida por toda uma população que sofreu na alma e na carne as dores intermináveis da guerra. Muitos deles escondiam por detrás das metáforas ou frases subentendidas coisas que se receava viessem a ser alvo da censura pidesca.
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