A Força Aérea utilizou em África helicópteros Alouette e Puma e, desde o início da sua operação, estes aparelhos demonstraram ser dos mais importantes meios para o sucesso das operações de contraguerrilha. Foi a aeronave que melhor simbolizou o esforço da Força Aérea na guerra, já que aumentou a mobilidade das forças terrestres, apoiou-as pelo fogo, evacuou do campo de batalha os seus feridos, reabasteceu-as de água, de comida e de munições e colaborou ainda no auxílio às populações.
A decisão de adquirir os primeiros helicópteros data de 1957 (embora desde 1954 a Força Aérea operasse um Sikorsky UH-19, nos Açores), data em que o Governo decidiu adquirir sete Alouette II (AL II) à Sud-Aviation. Estas sete aeronaves começam a actuar em Portugal em 1958. Em meados de 1961, na sequência do início da guerra em Angola, os AL ll foram para o aeródromo do Negaje, sendo deslocados para Luanda em Agosto do mesmo ano e substituídos, em meados de 1963, pelos AL lII, sendo os AL lI transferidos para a Guiné, onde entretanto se abrira nova frente de guerra.
Quatro deles irão ainda, no início de 1966, para Moçambique, transportados num DC-6, para guarnecer a nova frente de combate, vindo a ser progressivamente retirados da actividade operacional nos três teatros da guerra, substituídos pelos AL III.
Os Alouettes III efectuaram a sua primeira missão operacional em Moçambique em 3 de Março de 1966, em missão de evacuação sanitária de piloto acidentado na região de Mueda.
Os Alouettes III realizavam missões de transporte táctico em operações de helitransporte e heliassalto, de transporte logístico, de evacuação sanitária e de apoio pelo fogo. Para que este helicóptero, basicamente uma aeronave civil, pudesse ser utilizado como plataforma de armas, houve que o adaptar para ser possível instalar a bordo uma arma eficaz. A partir de 1965, o AL III foi armado com canhão de 20 mm, montado em suporte no chão do aparelho, operado lateralmente por um atirador. Este aparelho, que apoiava as forças terrestres, protegia outros helicópteros de transporte e fazia reconhecimento armado, teve, durante a guerra, o nome de código de «Lobo Mau».
Em 1973, realizaram-se experiências para adaptação do lança-foguetes de 37 mm e de 2,75, que nunca chegaram à fase de emprego operacional. Em 1970, e fruto da necessidade de as forças portuguesas disporem de helicóptero de maior capacidade de transporte, foram adquiridos, também à Sud-Aviation, treze SA 330-Puma, que entraram ao serviço em Angola, em Outubro de 1970, destinando-se seis deles a Moçambique. Eram equipados com duas turbinas e podiam transportar até dezoito a vinte homens (um grupo de combate), o que, dada a sua elevada autonomia, aumentou grandemente a mobilidade das forças terrestres. Estes helicópteros podiam voar de noite, o que representou progresso significativo em relação aos Alouettes III.
Foram intensamente utilizados por forças especiais em Angola, nas missões de intersecção de colunas de guerrilheiros vindos das fronteiras do Congo e da Zâmbia, e serviram também como transporte de evacuação sanitária e de apoio logístico.
Helicópteros
- ALII (SE 3130) 7
- ALIII (SE3160) 142
- Puma (SA330) 13
- Horas voadas em 1973 30 000
- Acidentes em 29 anos 213
- Pilotos mortos 30
Primeiro voo operacional do helicóptero Puma - 23 de Outubro de 1970, em missão de transporte de manobra (TMAN) em Santa Eulália, Norte de Angola.
Primeira missão operacional em Moçambique - 3 de Março de 1966, em missão de evacuação sanitária de piloto acidentado na região de Mueda.
segunda-feira, 27 de julho de 2015
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