Voaram para os resgatar do mato, onde chegaram mesmo a morrer por eles, e organizaram-se, com maior ou menor cunho ideológico, para lhes aliviar a saudade, enquanto apoiavam as suas famílias. Arriscaram por eles, protegendo-lhes a retaguarda, contestando a guerra, desertando sem saberem quando voltariam ao seu país, mergulhando na clandestinidade e aderindo à luta armada, sujeitas às sevícias da polícia política e perdendo a juventude nas masmorras da prisão. Trataram deles quando voltaram, mutilados e traumatizados, e habituaram-se a amar homens diferentes daqueles com quem haviam casado. Cada uma à sua maneira, as protagonistas deste livro foram pioneiras, desbravando
caminhos outrora vedados às mulheres. Mães, irmãs, filhas, amantes, companheiras, amigas, muitas mulheres viveram a guerra colonial como se também elas tivessem sido mobilizadas. Depois da guerra, também para elas nada foi como dantes.
1 comentário:
Pobres de nos, se nao fossem as MADRINHAS DE GUERRA.
Nao se sabem, mas a Associaçao M.de Guerra foi fundada em França, no ano de 1915.
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