segunda-feira, 10 de junho de 2013
quinta-feira, 6 de junho de 2013
PARTIDAS....
Voltando novamente a "bater" na mesma tecla, homenagem a mais um companheiro que "caiu" em terras de Angola em defesa da Pátria! O prisma de observação sobre a guerra é multifacetado e pode sempre ter opiniões diferentes, é uma questão de sensibilidade e de interiorização por uma causa! Eu, como milhares de jovens na altura do conflito formamos uma ideia de que iríamos defender algo que nos pertencia, quem na altura tinha moral para opinar o contrário, possivelmente alguns iluminados.... Depois do conflito terminar começaram a germinar os sabedores do reino, fácil ...depois de acontecer os sapientes doutrinavam ideias e sabedorias, valorizando os que "fugiram" para a Suécia. França etc. etc., as decisões são valorizadas enfrentando os problemas e não fugindo deles! Um abraço de fraternidade a todos aqueles que como eu por lá "andaram".
sábado, 1 de junho de 2013
FOMOS MENINOS
O Menino da Sua Mãe
No plaino abandonado
Que a morna brisa aquece,
De balas trespassado-
Duas, de lado a lado-,
Jaz morto, e arrefece.
Que a morna brisa aquece,
De balas trespassado-
Duas, de lado a lado-,
Jaz morto, e arrefece.
Raia-lhe a farda o sangue.
De braços estendidos,
Alvo, louro, exangue,
Fita com olhar langue
E cego os céus perdidos.
De braços estendidos,
Alvo, louro, exangue,
Fita com olhar langue
E cego os céus perdidos.
Tão jovem! Que jovem era!
(agora que idade tem?)
Filho unico, a mãe lhe dera
Um nome e o mantivera:
«O menino de sua mãe.»
(agora que idade tem?)
Filho unico, a mãe lhe dera
Um nome e o mantivera:
«O menino de sua mãe.»
Caiu-lhe da algibeira
A cigarreira breve.
Dera-lhe a mãe. Está inteira
E boa a cigarreira.
Ele é que já não serve.
A cigarreira breve.
Dera-lhe a mãe. Está inteira
E boa a cigarreira.
Ele é que já não serve.
De outra algibeira, alada
Ponta a roçar o solo,
A brancura embainhada
De um lenço… deu-lho a criada
Velha que o trouxe ao colo.
Ponta a roçar o solo,
A brancura embainhada
De um lenço… deu-lho a criada
Velha que o trouxe ao colo.
Lá longe, em casa, há a prece:
“Que volte cedo, e bem!”
(Malhas que o Império tece!)
Jaz morto e apodrece
O menino da sua mãe
“Que volte cedo, e bem!”
(Malhas que o Império tece!)
Jaz morto e apodrece
O menino da sua mãe
Fernando Pessoa
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